sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

What’s going on in that beautiful mind?

2018 foi um ano fodástico.

Foi um ano em que eu passei muito tempo sozinha (não sozinha no sentido de relacionamento e sim de não ter momentaneamente a companhia de outras pessoas) e isso resultou num crescimento e numa nova percepção das coisas que faltam palavras pra descrever.

Passei meu aniversário na praia pela primeira vez e conheci a casa da minha vida.



Praia do Forte, São Francisco do Sul - SC

Em abril, nossa cachorra Nina cruzou a ponte do arco-íris. Eu estava ao seu lado quando ela partiu e por mais que tenha sido triste, eu sou imensamente grata por ter estado lá, por poder dizer a ela o quanto a amo, que estaríamos juntas de novo, que tudo ficaria bem. Naquela noite difícil eu entendi muitas coisas, e entre elas entendi por que a gente tinha que se conhecer e se apegar, e que fazia parte da minha missão na vida estar com ela naquele momento.


A morte da Nina deixou um vazio na minha vida e eu passei algumas semanas saindo muito tarde do escritório e encostando o nariz na cama dela pra lembrar do seu cheirinho. Ver meus gatos igualmente tristes partiu um pouco mais o meu coração.


Meses depois, a minha tristeza ainda parecia infinita quando levei pra casa um casal de gatos pra cuidar somente durante o pré e o pós operatório da castração. Mas quando eles já estavam bem, eu vi que não podia mais me separar deles; o resultado é que eles passaram a se chamar João e Violeta e são gatinhos maravilhosos, bonzinhos e ronronantes. A adoção deles foi o começo da minha recuperação e foi assim que eu finalmente comecei a me sentir felizinha de novo. Eles preencheram um pouco do vazio do meu coração e penso que a Nina teria adorado conhecê-los.

Violeta

João

No final do ano, me apaixonei por uma casinha cor de rosa, aconchegante e cheia de iluminação natural. Me mudei pra ela em dezembro, isso me fez um bem enorme e a minha casa rosa significa tantas coisas pra mim. 

Castrei seis gatos.

Viajei pra São Francisco do Sul, pra Campinas, pra Mineiros, pra Curitiba e pra Pedreira, fora outras cidades em que fui fazer provas. Todas foram incríveis, conheci um monte de lugares legais. 

2018 foi também o ano de desapegar de uma quantidade enorme de coisas materiais e imateriais que já não me serviam mais.

Foi um ano de cuidar de mim em todos os sentidos. De fazer meu primeiro Botox. De ler muito, de conviver com os meus traumas e entender que eu não preciso lidar com eles o tempo todo. Tá tudo bem não ter todas as respostas. Tá tudo bem não querer encarar algumas coisas. Ainda não aceito tampouco agradeço, mas entrego e confio. Não acho que existe um propósito em absolutamente tudo na vida, mas agora entendo que minha vida não se define pelos meus erros e menos ainda pelos erros de outras pessoas.

Depois de um feriado tenso em que quase tudo deu errado, decidi parar de tentar agradar todo mundo a todo custo. As coisas chegaram a um ponto em que tudo que eu fizer vai desagradar alguém, então que esse alguém não seja eu.

Liguei o foda-se muitas vezes.

Deixei a música e os lápis de cor ajudarem a me curar.

Foi um ano de trabalho intenso e de muito aprendizado, ao lado da melhor equipe com quem eu poderia estar. 

E foi um ano em que eu me descobri muito forte e muito independente em muitos aspectos. Eu me sinto feliz e em paz de uma forma que não achava mais que seria possível. Sigo cada dia mais orgulhosa da mulher que me tornei. Como diz a música que dá nome a esse post: even when I lose, I’m winning.

E aproveitando que 2019 é o ano chinês do porco, Baby vem desejar a todos tudo de bom no ano que se inicia!


Mwaaahhhh! 
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